Matador que sou
Que sô que nem cobra criada
Cheinha de artimanhas
Dou o bote se preciso
Mas tem também minhas manhas
Inda hoje me conservo
Fito de longe, observo
Por mo de ver quem me agrede
Com cuidado me aproximo
Inté finjo que me animo
Que é pra vê se o cabra sede.
Mas como de ferro num sô
E o meu sangue é uma quentura
Só vai sobrar para o dotô
A porta duma sepultura
Antes de me cunhecê
Sô sincero a lhe dizê
Tenha cuidado olhe bem
É mió ser meu amigo
Do que ser meu inimigo
Eu num perdou ninguém!
Luar Triste
Quando olho para o Céu
hoje não vejo mais nada,
nem aquele luar triste
nem estrela desfocada.
Quero construir meu Céu
no teto de minha casa,
com as cores mais bonitas
e um anjo batendo as asas.
Quero um Céu azul de dia
à noite, negro e brilhante
com uma estrela cadente
passando de instante em instante.
Irei fazê-la um pedido
Com o velho luar triste
que só eu sei consolar.
Alforria à suas rédeas
Ah, vadiagem
Saudade da irresponsabilidade e da vadiagem de minha adolescência,
onde nenhum compromisso me importunava, onde os problemas se resumiam a
problemas de conexão e quedas de energia.
Saudade daquela vinheta do filme de tarde e de quando sonhava e babava a fronha até me acordar afogado.
As
tardes badaladas das redes sociais ao som alto das caixas acústicas do
computador que tocavam um rock romântico de primeira qualidade.
Pois
é, vida minha, temos mesmo que crescer, trabalhar, se endividar e ficar
dependente de tua rotina que só de pensar dá vontade de me aposentar
por invalidez.
Sobre amor e dúvidas
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